terça-feira, 5 de maio de 2015

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INJUSTIÇA BRASILEIRA ?

Juiz afastado do caso Eike considera desbloqueio de bens 'suspeito'
Flavio Roberto de Sousa procurou o G1 e criticou decisão de seu substituto.

TRF garante que não há interferência externa em processos da corte.

Flavio Roberto criticou decisão de seu substituto




O juiz afastado do caso Eike Batista, Flávio Roberto de Souza, afirmou na última quinta-feira (30), um dia depois de seu substituto, o juiz Vitor Valpuesta, desbloquear os bens do empresário, que a decisão foi um ato "covarde" e "suspeito". O Tribunal Regional Federal informou que Valpuesta não vai se manifestar, mas garante que há "proteção contra qualquer interferência externa no julgamento dos processos judiciais".  Já a defesa de Eike afirmou que as declarações de Flávio mostram que ele nunca teve condições de ser juiz.
Flávio Roberto de Souza também acusou ainda o suplente de ser inexperiente e disse que a decisão o fez “acreditar menos ainda na Justiça”. A decisão de Valpuesta determinou a devolução de bens de Eike como carros importados – inclusive o Porsche onde Flávio foi flagrado dirigindo –, além de cerca de R$ 130 mil em dinheiro.
Flávio Roberto de Souza procurou o G1 na quinta-feira (30), retornando um contato feito em fevereiro. Ele afirmou que Vitor Valpuesta, que é seu suplente na 3ª Vara Criminal Federal, demonstrou medo ao saber da possibilidade de o processo de Eike Batista cair em suas mãos.


“É colocado um processo na mão de um juiz sem experiência, que acabou de entrar na magistratura. Eu falava que o processo deveria cair para ele (antes de seu afastamento). Ele falava pra mim, sempre, que jamais se sentiria em condições de julgar esse tipo de processo. Pra mim é suspeito. Das duas uma, ou ele não sabe o que está fazendo ou está fazendo o que os advogados (de Eike Batista) querem”, disparou Flávio Roberto de Sousa.

Tribunal garante isenção

O G1 entrou em contato com o Tribunal Regional Federal do Rio de Janeiro, que enviou nota à redação. Em relação à condução do processo de Eike, o comunicado diz que, por princípio dos juízes, há "proteção contra qualquer interferência externa no julgamento dos processos judiciais". A casa disse ainda que "não se manifesta sobre decisões judiciais proferidas, bem como comentários de cunho pessoal que não representam a instituição".

O Tribunal Regional Federal também acrescentou que "como é de conhecimento público, os fatos envolvendo o juiz federal Flávio Roberto de Souza são objeto de cinco processos administrativos, instaurados no Tribunal a partir de sindicâncias conduzidas pela Corregedoria Regional da Justiça Federal da 2ª Região, e de um processo judicial ajuizado também na Corte por iniciativa do Ministério Público Federal. Sendo assim, é certo que todas as alegações e todos os elementos de prova estão sendo devidamente analisados pelos eminentes relatores, que julgarão os feitos observando o direito ao devido contraditório, nos termos das regras processuais".




O Tribunal Regional Federal, informou, ainda, que o juiz Vitor Valpuesta não se pronunciaria diretamente sobre as declarações de Flávio Roberto de Souza.

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