01/01/2015
Contas de luz ficam mais caras a partir de hoje
Sistema de bandeiras entra em vigor em todo o país,
exceto AM, AP e RR.
Consumidores pagarão R$ 3 a mais para cada 100 kWh consumidos.
Consumidores pagarão R$ 3 a mais para cada 100 kWh consumidos.
As contas de luz dos brasileiros ficam mais caras a
partir desta segunda-feira (1º). Isso acontece porque entrou em vigor a
bandeira tarifária de cor vermelha para os consumidores de todos os estados do
país, com exceção do Amazonas, Amapá e Roraima (que ainda não estão
interligados com o sistema nacional de energia elétrica).
A definição da bandeira de cor vemelha, segundo a Aneel,
significará um acréscimo de R$ 3,00 a cada 100 quilowatts-hora (kWh) consumidos
no mês que vem.
O sistema de bandeiras tarifárias,
que começou a valer nesta segunda, conta com as cores verde, amarela e vermelha
– indicando as condições de geração de energia no país. O sistema funciona como
um "semáforo de trânsito", sinalizando nas contas de luz o custo de
geração de energia para o consumidor.
Com a seca, as hidrelétricas passaram a gerar menos
energia e as térmicas, cujo custo de geração é mais caro, foram acionadas. Com
isto, a energia ficou mais cara no país.
Atualmente, os custos com compra de energia pelas
distribuidoras são incluídos no cálculo de reajuste das tarifas dessas
distribuidoras e são repassados aos consumidores uma vez por ano, quando a
tarifa reajustada passa a valer para os consumidores. Com as bandeiras
tarifárias, uma parte do reajuste anual concedido às distribuidoras será
diluído.
Conta de
luz de R$ 100 terá acréscimo de R$ 6 em SP
Até dezembro, um cliente residencial da Eletropaulo, em São Paulo, por exemplo,
pagava R$ 100 para um consumo mensal de cerca de 240 quilowatts-hora (kWh). Em
janeiro, com a bandeira tarifária, a conta de luz para a mesma quantidade de
consumo subirá para pelo menos R$ 106.
O que
significam as bandeiras?
Segundo o órgão, a bandeira verde significa "custos baixos" para
gerar a energia e nenhum acréscimo na tarifa. A bandeira amarela, por sua vez,
indica um sinal de atenção, pois os custos de geração estão aumentando e a
tarifa sofre acréscimo de R$ 1,50 para cada 100 quilowatt-hora (KWh)
consumidos.
Já a bandeira vermelha sinaliza que a oferta de
energia para atender a demanda dos consumidores ocorre com maiores custos de
geração, como, por exemplo, o acionamento de grande quantidade de termelétricas
para gerar energia, que é uma fonte mais cara do que as usinas hidrelétricas.
Nesse caso, a tarifa sofre acréscimo de R$ 3,00 para cada 100 KWh consumidos.
Adequar o
consumo ao preço
Com as bandeiras, há, portanto, uma sinalização mensal do custo de geração da
energia elétrica que será cobrada do consumidor, com acréscimo das bandeiras
amarela e vermelha. Essa sinalização dá, ao consumidor, a oportunidade de
adaptar seu consumo, se assim desejar.
"O sistema de bandeiras é para o consumidor
poder reagir ao momento de preço. Para o conumidor conhecer quanto está
custando naquele momento e consumir de uma maneira consciente. É uma ferramenta
a mais para melhor adequar o consumo. Se estamos em um momento de escassez e
custo alto, por exemplo, ele colabora consumindo menos e isso tem um benefício
para o sistema", afirmou o diretor-geral da Aneel, Romeu Rufino, neste
mês.
Está prevista para o dia 30 de janeiro a divulgação
das bandeiras tarifárias para o período de fevereiro.
Bandeiras
já são divulgadas
A Aneel lembrou que, em "caráter educativo" e para facilitar a
compreensão do sistema, 2013 e 2014 foram estabelecidos como anos testes e a
Agência divulgou mês a mês as bandeiras em funcionamento nesse período.
No ano de 2014, foi acionada a bandeira amarela no
mês de janeiro para todos os subsistemas (Norte, Nordeste, Sul,
Sudeste/Centro-Oeste), e no restante do ano (com o acionamento das usinas
térmicas) a bandeira vermelha para todos os subsistemas, informou a Aneel.
Fonte G1 Brasilia
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